segunda-feira, 15 de maio de 2006

Bê-i

Na semana passada, ao balcão do Governo Civil, a propósito do meu passaporte, vi-me vorçado a «imitar a própria assinatura», como confessei à menina que me atendia. Fiz uma vez, fiz segunda, só à terceira a coisa atingiu os mínimos exigidos para ser considerada «semelhante ao BI». Confiro, de facto, a bizarria: não consigo reproduzir o gatafunho que me identifica. Isto perturba-me, e continuou a perturbar-me durante o dia. Lanço-me ao verso do cartão e descubro a razão de ser da situação: a data de emissão. 09/02/2004. Está explicado. Há dois anos (um pouco mais) eu não era a mesma pessoa que sou agora. Nem parecida. E gosto muito mais do meu actual gatafunho. O que vale é que em Novembro (ou um pouco mais) lá estarei eu a actualizar a minha identidade.