domingo, 25 de novembro de 2007
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Há, seguramente, dois significados para a palavra «beleza»: um antes e outro depois de se conhecer Paris. Mas para um esteta, um radical da beleza como fim último da humanidade, Paris representa uma evidência triste: a beleza, só, não chega. Ou melhor, a beleza, quando abundante, pode ser um espartilho. E em Paris procuramos razões que expliquem não ser aquela cidade o paraíso na terra. Devemos começar, talvez, pelos parisienses, umas bestas quadradas mal agradecidas. Mas isso não esgota a lista de pecados da capital do país presidido por Sarkozy (vénia). Há outros. Há, no fundo, uma noção de que aquela beleza toda não é de graça, e que há um preço a pagar. Os parisienses, talvez, mas deixemos de bater no ceguinho.