Queria só deixar aqui uma nota sobre a minha humildade intelectual. Sou um poço de virtudes, pelo que não espantará mais esta. De facto, é correcto afirmar-se que ontem fui ao Grande Auditório da Gulbenkian assistir ao Requiem do Verdi - numa sala grandiosa com vista para o grandioso jardim - e que hoje fui visitar o Museu Berardo. No entanto, decidi não escrever sobre essas minhas deambulações culturais - não, isto não conta, isto é um post sobre as minha humildade intelectual, não sobre essa merda da «cultura» - escrevendo em vez sobre um bem material que desejo possuir (ver post abaixo, sff). Se eu fosse um cagão, daqueles que vão a todas para poderem dizer que foram a todas e depois colocam-se em eventos sociais a repetir com óculos o que leram no panfleto das coisas, estava para aqui com referências de cantores e maestros e pintores e mais o Pedro Cabrita Reis.
Isto é um post para o Pai Natal, já que estamos naquela época do balanço moral das crianças.
E antes de ir ao Berardo passei pelo Museu de História Natural para ver uma exposição de «Jovens Artistas». Sim, o que fazem «Jovens Artistas» no Museu de História Natural? Acreditem que a resposta a esta pergunta faz mais sentido do que as criações (criaturas?) dos ditos «Jovens Artistas». Sim, achei aquilo uma merda e demasiado marxista, e também achei que aqueles gajos precisam todos de doses valentes de Prozac. É só uma sugestão.