quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Reservoir dog
O barómetro que me mede as tendências homicidas está no vermelho. O homem falou, falou, falou, não me respondeu a uma única pergunta, falou, falou, e durante esse tempo todo eu imaginei-me num filme de Tarantino. Levantei-me da mesa e dei-lhe com o cinzeiro de vidro no nariz, deixando-o a sangrar violentamente à primeira. Enquanto ele recuperava do choque, o meu joelho embateu no seu maxilar inferior, deslocando-o, e convidando os dois dentes incisivos a repousarem no chão da sala. A cadeira que segurava no ar desceu com uma velocidade considerável na direcção da nuca do homem, deixando-o inconsciente. Passados 10 minutos trocámos cartões, eu prometi-lhe um telefonema que nunca irei fazer e despedimo-nos cordialmente.