quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Casas da câmara
O pecado original desta trapalhada toda sobre as casas da câmara é a semântica: casas da câmara. A câmara, por definição, não deve ter casas. Aquele mecanismo que obriga as cooperativas de habitação a entregar 10% dos fogos à autarquia devido à cedência dos terrenos é absurdo. Se há uma compensação a pagar, que se seja paga em dinheiro. Façam as contas, um levantamento, qualquer coisa, e afiram o valor patrimonial dessas casas todas. Façam também um levantamento dos inquilinos que por lá andam e tentem perceber quantos deles se enquadram num regime qualquer de apoio social. Aos que não conseguirem provar ser meritórios de subsídios sociais, despejem-nos. Depois, vendam essas casas. Acaba-se com esta história toda e ainda se paga umas contas a uns fornecedores, que andam aí que nem bancos americanos a abrir falência.