O problema de João César das Neves já não é de fundo; a sua visão do mundo é conhecida e só surpreenderá os mais adormecidos. O meu problema é com as tácticas usadas, e aqui reconheço que é preciso sofrer de uma mais dedicada obsessão (culpado) para começar a detectar os padrões. A última frase do troço que aqui reproduzo é um exemplo do estratagema mais usado por JCN: a redução de tudo o que considera ser amoral a um conjunto mais ou menos homogéneo. Desta vez foi uma repugnante comparação entre «fumadores», «racistas» e «poluidores», mas o mais frequente costuma ser «gays» e «pedófilos». O que JCN consegue com este tipo de coisas é a implosão de qualquer validade que os seus textos possam ter. No fundo, é um favor que nos faz.