quinta-feira, 26 de junho de 2008

A Turquia

Se, depois da Grécia em 2004, a Turquia tivesse chegado à final do Euro 2008, eu juro que nunca mais veria um jogo de futebol na vida. A Turquia jogou melhor (como defendeu durante os 90 minutos o - ai ai - futuro adjunto do Benfica na Sporttv Diamantino)? Melhor? Mas desde quando é que o futebol se tornou num fenómeno que tem o direito de recorrer à justiça? Melhor? Não consigo - e vi o jogo inteiro - lembrar-me do nome de um único jogador turco, recuso-me a soletrar o nome de qualquer equipa turca, eu nem sei onde é a Turquia (ia jurar que não era na Europa). Com a eliminação da Itália, da França e da Holanda - e não nos esqueçamos da ausência da Inglaterra - a certeza de que a final se jogará com a presença da Alemanha é-me tão tranquilizadora como são os equipamentos brancos e mais aquelas merdas todas de Wimbledon para o João Carlos Espada. O europeu, e metam isso lá bem no fundo mais inacessível das vossas cabeças, é para ser sempre ganho por uma destas equipas:

- Alemanha
- Itália
- Holanda
- Inglaterra
- França
- Espanha

e exactamente por esta ordem. Por sermos portugueses incorremos no desplante de incluirmos o nome de Portugal na lista, mas aposto que os Turcos fazem o mesmo. Esta merda não é para brincar, e o Vasco Pulido Valente devia estar doido quando escreveu aquilo da democracia no futebol. Democracia? Gostaram da Grécia em 2004? Foi bonito? Foi. Muito bonito. Ao menos a União Europeia tem mais dignidade ao ameaçar expulsar a Irlanda do clube: recomendo à UEFA que ameace qualquer país que não se encontre na lista por mim elaborada ali em cima com a expulsão do euro em caso de vitória. E podiam ter já começado com a Grécia, sempre se poupavam os gregos à vergonha a que se submeteram este ano.

A única excepção é a Rússia: a Rússia pode ganhar o europeu quando quiser que nós deixamos. A começar já em 2008 (em 1960 foi a União Soviética, enciclopédicos.)