terça-feira, 5 de maio de 2009

Riscar o que não interessa

«Eu sentir-me-ia confortável com qualquer solução em que eu acredite (...)»

A subtileza do domínio da língua portuguesa por parte de Manuela Ferreira Leite passa ao lado dos brutos que são contratados para interpretar as suas palavras. E o mais simples é isto: não é preciso «interpretar» nada, está lá tudo. Se prestarmos atenção aos tempos verbais, veremos nesta frase a desacreditação da ideia do «bloco central»: basta conjugarmos o condicional do primeiro verbo com o presente do segundo. Quem viu nestas palavras uma porta aberta a uma coligação pós-eleitoral com o PS deu uma prova acabada da sua incompetência linguística; ou da sua má-fé. É riscar o que não interessa.