terça-feira, 5 de maio de 2009

A TV da nossa vida

O Pedro Adão e Silva (provavelmente o melhor surfista-comentador-político português) passou-me aquela corrente das séries «da nossa vida» (que deveriam ser 15, mas estas coisas do coração não se medem aos palmos). Seguindo uma cronologia biográfica, é mais ou menos isto:

- Dartacão, que me fez querer ser um cão com uma espada e um chapéu e uma capa;
- Os Três Duques, que me fez querer ter um carro cor-de-laranja sem portas;
- Bonanza, que me fez querer ter pistolas, embora na idade em que vi Bonanza toda a minha vida se centrasse na vontade de ter pistolas;
- Duarte & C.a, que me fez querer ser gordo;
- Tom Sawyer, que me fez querer ser um maltrapilho do Mississippi;
- O Poirot do David Suchet, que me fez querer ser belga e germofóbico;
- MacGyver, que quase me fez querer ser escuteiro (MacGyver não bebe, não fuma, não fode, e, last but not the least, o canivete);
- O «Kitt» (naquela altura era impossível pronunciar «The Knight Rider», e «O Justiceiro» nunca foi uma hipótese), que me fez querer ser o David Hasselhoff e desenvolveu em mim uma atracção pela antropomorfização de objectos inanimados;
- Baywatch, que me fez querer ser o David Hasselhoff e desenvolveu em mim uma atracção pela antropomorfização de «objectos» inanimados;
- The West Wing, que me fez querer ser qualquer coisa na Casa Branca, incluindo ser pai do Charlie Sheen;
- The Wire, que me faz querer ser, todos os dias, o David Simon.

Passo esta corrente ao Tiago, ao Rogério, ao Bruno, ao João, e ao David.