domingo, 1 de fevereiro de 2009

Vamos ver como isto evolui

Atente-se à merda que era esta defesa: Fernando Mendes, Paulo Madeira, Hélder e Veloso (o Veloso, apesar de ter no currículo o facto de ser o pai do Miguel, era um jogador honesto.) Contudo, a partir daqui, o onze do Benfica no jogo contra o Paços de Ferreira (capitaneado por Jaime Pacheco) de, julgo, 1993, que a BenficaTV me ofereceu ontem à 01:30 da manhã com o auxílio desse património incalculável que é o «arquivo» da RTP, era assustadoramente bom e conseguiu deixar-me ainda mais deprimido (eu só poderia estar deprimido para estar a ver a BenficaTV à 01:30 da manhã.) Vejamos. Primeiro, o resto da constituição completa: Paulo Sousa, Rui Costa, Pacheco, Paneira, Isaías e Yuran. Eu não digo isto apenas baseado nos nomes, digo-o com recurso ao meu visionamento daquilo que foi esse jogo que se desenrolou num estádio da Luz ainda sem cadeiras e com o betão todo à mostra devido ao facto de, apesar dos bilhetes custarem na altura mil paus, estar às moscas e entregue às faixas das claques (descobri, porque não sabia, que o SLB teve uma claque que ia pelo nome de «Fanatics»). Meu Deus, meus Deus: já nem falo do Paulo Sousa - então ainda e apenas o «Sousa» - nem do Rui Costa, a quem a História (com agá maiúsculo) reservou um cantinho muito especial (no caso do cabrão do «Sousa» por causa daquela coisinha que ele fez com o Pacheco nesse verão e que envolveu a margem errada da segunda circular, mas já vamos ao Pacheco), mas o que dizer de, por exemplo, Vítor Paneira? O Paneira, descobri ontem, tinha uma visão de jogo, técnica, velocidade e inteligência que transformam por comparação o Di Maria num Fábio Coentrão (fase Saragoça). O cabrão do Pacheco (v. «Paulo Sousa») era o jogador que o Reyes se imagina nos sonhos mais molhados, e é sem orgulho que admito isto. O Yuran era uma espécie de Lizandro Lopez mas em melhor, mais forte, mais rato, mais perigoso, mais bonito. Aliás, no banco do Benfica nessa tarde em que Jaime Pacheco capitaneou o Paços na Luz (aos 34 anos careca, careca, careca, graças a Deus) sentavam-se Kulkov (que maravilha de jogador, mas este eu lembrava-me), João Pinto e Aílton, que é um pouco diferente de ter Balboa, Aimar e Mantorras, como se deu ontem (e omiti por simpatia a 2009 o nome de Binya.) Tudo isto para chegar ao ponto central deste post, que era o responsável por haver, durante a minha pré-adolescência, um rosto bem definido em pelo menos um dos livros da Bíblia:



Entretanto, e sem que nada o fizesse prever, o Federer ganhou o segundo set, entusiasmou-se, olvidou a noiva ou namorada ou lá o que é aquilo que ele tem, soltou um sorriso e parece agora que talvez nem perca isto. Vamos ver como isto evolui.



(Só um exemplo, só um exemplo: o golo de Isaías que se pode observar aos 02:54 deste vídeo, marcado ao «melhor guarda redes de todos os tempos» Vítor Baía, que me deixou aos pulos numa casa alugada para o Verão em Vilamoura. E já que aqui estamos, aguentem só um bocadinho e observem a gravata do Toni aos 03:22; não têm nada que agradecer.)